Me venda um Giga de som e imagem!
Comprar som e imagem a bits não é mais problema, desde que a industria culural caiu em decadência. Hoje, com os dispositivos de "hiperconvergence" é possível descarregar os filmes, livros, quadrinhos ou músicas que se quer direto das inumeras bolsas de mídia espalhadas pelo mundo, sem a intervenção de "atravessadores" culturais. Este processo, se tornou comum quando a cultura se tornou uma "commodity"e o direito autoral deixou de ser uma ferramenta prática de controle e proteção do produto audio-visual.
Posso, portanto, comprar um Giga de som e imagem, independente do autor, de produtos audio-visuais americanos a um preço módico estabelecido pela bolsa Nasdaq. Claro, o preço dos produtos nas bolsas mundiais varia de acordo com o valor agregado pelo tempo e o conhecimento empregados na confecção deles, além da tradição. Por isto produtos de alguns países são mais caros que outros, mas de maneira geral, há uma média para parametrar, o real valor destas criações. Quem diria que, cinquenta anos a trás ainda precisavámos comprar o produto de forma unitária, de empresas diferentes e de autores diferentes a preços também muito diferentes.
Os parágrafos acima bem que poderiam ser o prefácio para uma narrativa de ficção científica, porém podem se tornar realidade em alguns anos em decorrência do avanço da troca de arquivos audio-visuais pela rede. Calcula-se que pelas redes P2P circulam todos os dias, o equivalente a cerca de três bilhões de músicas e cinco milhões de filmes em todo o mundo. Os dados constam num estudo da CacheLogic, empresa de Cambridge, na Inglaterra. A empresa estima ainda, em impressionantes 10 petabytes (ou 10 milhões de Gb) o volume de dados trocado de graça por internautas de todo o mundo, muitos na forma de músicas, software e videogames protegidos por copyright.
Este movimento de troca de arquivos protegidos por copyright pela internet, esta deixando em polvorosa as indústrias de softwares e de entretenimento ao redor do mundo. Segundo as empresas destes setores, o prejuízo causado só com a troca de músicas, chega a U$ 2,4 bilhões de dólares. E este prejuízo deve duplicar até 2008 como consequência do uso cada vez mais comum de conexões de banda larga.
O Torrent
Um dos principais sistemas de transmissão de arquivos pela rede é o Torrent. Cerca de 50 milhões de pessoas aderiram a este sistema que tem o BitTorrent, como principal indexador de links para compartilhamento. Somente o BiTorrent responde por mais de 20% dos usuários de torrent, embora existam muitos outros programas que trabalham com este sistema. Alguns provedores nos Estados Unidos e no Canadá limitam, ou impedem, o tráfego de arquivos no formato torrent. Isto por que ele ocupa muito espaço de memória da rede. No Brasil, outros compartilhadores de arquivo representam de 50% a 60% de todo o tráfego na internet.
Desse total, 20% é torrent. No mundo, de acordo com a CacheLogic, 30% de todo o tráfego na rede também é torrent. Mas a indústria de cinema dos EUA já reagiu ao crescimento do tráfego de filmes pela rede. Ano passado o site sueco de busca de torrent, "ThePirateBay" foi fechado pela policia local, atendendo a pressão da Associação da Indústria de Cinema Americana (MMPA, sigla em inglês) e do governo dos EUA. Atualmente, a "bola da vez" esta sendo o IsoHunt, que já foi processado pela MMPA por pirataria. Ambos os sites continuam funcionando. O documentário Steal This Film(Roube este filme!) relata a visão dos usuários a respeito do compartilhamento de arquivos.
Uma das perguntas que os produtores do vídeo, que se auto denominam "A Liga dos Nobre Pontos"(traduzido ao "pé" da letra) deixam no ar é a seguinte:Cozinhar em casa acaba com os negócios dos restaurantes? pergunta que sinaliza para a necessidade dos restaurantes(no caso a indústria audio-visual) entenderem que seu ramo de negócios terá que reconquistar, com outras ferramentas, quem sabe revendo o atual regime de propriedade intelectual, o público que insiste em ser seu próprio "Chef" de cozinha.
Continua no próximo "post"...
Fontes: revistas, sites e jornais.
Posso, portanto, comprar um Giga de som e imagem, independente do autor, de produtos audio-visuais americanos a um preço módico estabelecido pela bolsa Nasdaq. Claro, o preço dos produtos nas bolsas mundiais varia de acordo com o valor agregado pelo tempo e o conhecimento empregados na confecção deles, além da tradição. Por isto produtos de alguns países são mais caros que outros, mas de maneira geral, há uma média para parametrar, o real valor destas criações. Quem diria que, cinquenta anos a trás ainda precisavámos comprar o produto de forma unitária, de empresas diferentes e de autores diferentes a preços também muito diferentes.
Os parágrafos acima bem que poderiam ser o prefácio para uma narrativa de ficção científica, porém podem se tornar realidade em alguns anos em decorrência do avanço da troca de arquivos audio-visuais pela rede. Calcula-se que pelas redes P2P circulam todos os dias, o equivalente a cerca de três bilhões de músicas e cinco milhões de filmes em todo o mundo. Os dados constam num estudo da CacheLogic, empresa de Cambridge, na Inglaterra. A empresa estima ainda, em impressionantes 10 petabytes (ou 10 milhões de Gb) o volume de dados trocado de graça por internautas de todo o mundo, muitos na forma de músicas, software e videogames protegidos por copyright.
Este movimento de troca de arquivos protegidos por copyright pela internet, esta deixando em polvorosa as indústrias de softwares e de entretenimento ao redor do mundo. Segundo as empresas destes setores, o prejuízo causado só com a troca de músicas, chega a U$ 2,4 bilhões de dólares. E este prejuízo deve duplicar até 2008 como consequência do uso cada vez mais comum de conexões de banda larga.
O Torrent
Um dos principais sistemas de transmissão de arquivos pela rede é o Torrent. Cerca de 50 milhões de pessoas aderiram a este sistema que tem o BitTorrent, como principal indexador de links para compartilhamento. Somente o BiTorrent responde por mais de 20% dos usuários de torrent, embora existam muitos outros programas que trabalham com este sistema. Alguns provedores nos Estados Unidos e no Canadá limitam, ou impedem, o tráfego de arquivos no formato torrent. Isto por que ele ocupa muito espaço de memória da rede. No Brasil, outros compartilhadores de arquivo representam de 50% a 60% de todo o tráfego na internet.
Desse total, 20% é torrent. No mundo, de acordo com a CacheLogic, 30% de todo o tráfego na rede também é torrent. Mas a indústria de cinema dos EUA já reagiu ao crescimento do tráfego de filmes pela rede. Ano passado o site sueco de busca de torrent, "ThePirateBay" foi fechado pela policia local, atendendo a pressão da Associação da Indústria de Cinema Americana (MMPA, sigla em inglês) e do governo dos EUA. Atualmente, a "bola da vez" esta sendo o IsoHunt, que já foi processado pela MMPA por pirataria. Ambos os sites continuam funcionando. O documentário Steal This Film(Roube este filme!) relata a visão dos usuários a respeito do compartilhamento de arquivos.
Uma das perguntas que os produtores do vídeo, que se auto denominam "A Liga dos Nobre Pontos"(traduzido ao "pé" da letra) deixam no ar é a seguinte:Cozinhar em casa acaba com os negócios dos restaurantes? pergunta que sinaliza para a necessidade dos restaurantes(no caso a indústria audio-visual) entenderem que seu ramo de negócios terá que reconquistar, com outras ferramentas, quem sabe revendo o atual regime de propriedade intelectual, o público que insiste em ser seu próprio "Chef" de cozinha.
Continua no próximo "post"...
Fontes: revistas, sites e jornais.