A Bandeira Pirata

A proposta deste blog é informar e fazer algumas reflexões sobre o tema pirataria. Poderá a Pirataria ser controlada? A cópia ilegal,assim como o compartilhamento de arquivos,estaria iniciando um processo lento de ruptura de um modelo sócio-econômico baseado em Proprietários e Propriedades?

terça-feira, janeiro 16, 2007

A Avalanche

Caminhar hoje entre as barracas de camelôs presentes nas ruas de diversas cidades brasileiras ou mesmo navegar pela internet, é deparar-se com a realidade da cópia ilegal ou seja, a pirataria em sua versão moderna. Produtos de consumo, marcas registradas, patentes de invenção, obras literárias, artísticas e científicas, tudo, é objeto de reprodução e copiagem ilícita. Estudo da Interpol (polícia norte-americana) divulgado no final do ano passado aponta que a pirataria movimentou em 2005 volume superior a US$ 530 bilhões no mundo, enquanto o narcotráfico respondeu por US$ 360 bilhões no mesmo período. Segundo a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) - mega ONG dos países ricos – até 2010, este número deve chegar facilmente a um trilhão. O estudo da OCDE revela ainda que no comércio internacional a pirataria acaba de alcançar 10% das trocas globais. Contra menos de 3% em semelhante levantamento datado de 1990. Em alguns produtos, a pirataria já domina mais de metade do mercado escancaradamente.

É o caso, por exemplo, dos softwares, dos vídeos, dos CDs e, agora, também dos DVDs. O vestuário de grife também não escapa. A Nike confessa estar sendo devorada pelas bordas em uma ordem de pelo menos 35%. A Ferrari, em 70%. E o mundo já se depara com uma nova realidade na falsificação de mercadorias: a chegada dos piratas à indústria. É o que revela Solange Mata Machado, representante do Brasil na US Chamber of Commerce. ''Cada vez mais eles estão se infiltrando na cadeia de produção. Hoje, cerca de 2% das peças de fabricação de aviões, inclusive da Embraer, são piratas. Antes nós nem identificávamos esse número'', explicou Solange. Uma das grandes responsáveis por esta avalanche de falsificação, no entender das organizações de comércio internacional, são as novas tecnologias que permitem a reprodução fiel de produtos e suas respectivas embalagens. Hoje é tão difícil discernir a cópia lícita da falsificada, que mesmo o revendedor mais arguto ou o consumidor mais atento, naturalmente tomam um pelo outro na escolha final.


Fonte: Jornais, revistas e sites.

Marcadores: